13/02/2018

distópicos


É coisa demais pra energia de menos (e frio em excesso, eita lugar gelado da porra)
Vamos em tópicos pra tentar cobrir ao menos um centésimo de tudo que tem acontecido nesse país maluco.

Depois de duas das três meninas que estavam morando no meu apartamento irem embora, a que ficou acabou se mostrando um monstro maligno e folgado pra cacete. Depois de muita picuinha, má comunicação e discussões terminando em choro; Eu, Jackie e Henry (que já nem sei mais se cheguei a mencionar anteriormente) acabamos por expulsar a menina. Foi horrível, traumático, uma experiência de vida que jamais repetirei se Deus quiser. Mas né, Canadá segue me fazendo amadurecer 20 anos em meses.


Jackie e eu estamos bem. Depois da pior fase que tivemos, finalmente tive A Conversa e chorei pra ela as pitangas da minha vida. Agora ela compreende muito melhor meu modo de agir e reagir ao mundo e vice e versa. Subimos um degrau importante e agora tudo está em paz entre nós. Claro que ainda temos desentendimentos de vez em quando, como todo casal (insira aqui seu gif do episódio de Bob Esponja em que ele e Patrick adotam um bebê ostra), mas nosso amor segue intacto e inabalável.


Jackie e Thomas estão juntos #realoficial e apesar de não ser um mar de flores pra Jackie (coitada), eu estou super bem com isso. Thomas é um bebê. Olhar pra ele é como me ver com 14 anos de idade. Então né, só amor fraterno mesmo e olhe lá.


Vou me mudar pra um apartamento gracinha perto da escola. Eu, Jackie Henry vamos todos pro mesmo prédio, que atualmente já abriga mais de 40 alunos da minha escola. Nunca vou esquecer meu apartamento atual. Minha vista linda linda linda e os porteiros mais fofos de Vancouver. Ainda assim, preciso ficar mais perto da escola, todo dia é um sofrimento pra sair de casa e enfrentar a rotina, o que me leva ao próximo tópico:


Apesar de a minha escola se vangloriar pela super estrutura e profissionalismo, eles foderam com a minha vida.
Depois de todo o desgaste com o povo morando aqui em casa e o dramalhão que rolou pra expulsar a última das meninas, eu e Jackie fomos atrás de pedir umas mini-férias. O povo aqui é super rígido com presença nas aulas etc etc, e considerando a falta de energia vital da gente, era praticamente impossível ter bom rendimento e estar sempre presente pras 2193823905834 aulas que temos toda semana.
Ok, resolvemos marcar consultas com o pedagogo da escola. Tudo ótimo até aí né, eis que quando eu mando um email pro pessoal de  Serviço ao Estudante eles me respondem com cópia pra escola inteira ler.
E claro que a escola inteira leu meu email. No qual eu dizia que mesmo tomando meus comprimidinhos de sertralina, como prescrito pelo meu psicólogo e psiquiatra, eu estou tendo dificuldades em me sentir motivada e disposta a comparecer as aulas e terminar trabalhos.
Deu um bafafá danado, mas no fim acabei por conseguir quantos dias eu quiser de "folga" com faltas abonadas, tudo isso com a aprovação do chefe do departamento de Animação. Pois é, pegou bem feio pro lado deles, então tá todo mundo querendo me agradar.
Não dou tanta importância assim pro que aconteceu, afinal, não vejo o menor problema em falar de terapia e saúde em frente de ninguém. Mas soube de gente que começou a ridicularizar toda a história e isso acabou me baqueando um tanto.
Agora estou bem mais forte, conversei bastante com a minha mãe, amigos e minha sala como um todo têm me dado muito suporte, mas ainda não me sinto muito a vontade voltando ao campus.
Ontem e hoje dei uma passada e deu pra sentir o modo como as pessoas me olhavam. É diferente agora. Não é pra ser.


Por fim, pra terminar o post com algo mais felizinho: eu e Henry estamos juntos.
Bizarramente acabamos nos enrolando no período de guerra CamxJackie e agora estamos meio que namorando discretamente. O Henry é uma pessoa com experiência de vida gigantesca, só conheço um tiquinho dele, da mesma forma como ele só conhece um pontinho de Camila.
Somos ótimos. É o namoro mais tranquilo que já tive. O gostar mais tranquilo que já tive também.
As coisas são simples, ninguém exige atenção demais, o que incomoda entra em debate e a gente equilibra o tempo juntos sem o nhenhenhe de casal chato.



É, apesar dos altos e baixos eu tô indo em frente. Devagar e sempre.

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